terça-feira, 18 de setembro de 2012

37-NA OBRA REGENERATIVA
"Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa
vós, que sois espirituais, orientai-o com espírito de mansidão,
velando por vós mesmos para que não sejais igualmente tentados." -
Paulo. (GÁLATAS, 6:1.)
Se tentamos orientar o irmão perdido nos cipoais do erro, com
aguilhões de cólera, nada mais fazemos que lhe despertar a ira
contra nós mesmos.
Se lhe impusermos golpes, revidará com outros tantos.
Se lhe destacamos as falhas, poderá salientar os nossos gestos
menos felizes.
Se opinamos para que sofra o mesmo mal com que feriu a outrem,
apenas aumentamos a percentagem do mal, em derredor de nós.
Se lhe aplaudimos a conduta errônea, aprovamos o crime.
Se permanecemos indiferentes, sustentamos a perturbação.
Mas se tratarmos o erro do semelhante, como quem cogita de afastar
a enfermidade de um amigo doente, estamos, na realidade,
concretizando a obra regenerativa.
Nas horas difíceis, em que vemos um companheiro despenhar-se nas
sombras interiores, não olvidemos que, para auxiliá-lo, é tão
desaconselhável a condenação, quanto o elogio.
Se não é justo atirar petróleo às chamas, com o propósito de apagar
a fogueira, ninguém cura chagas com a projeção de perfume.
Sejamos humanos, antes de tudo.
Abeiremo-nos do companheiro infeliz, com os valores da
compreensão e da fraternidade.
Ninguém perderá, exercendo o respeito que devemos a todas as
criaturas e a todas as coisas.
Situemo-nos na posição do acusado e reflitamos se, nas condições
dele, teríamos resistido às sugestões do mal. Relacionemos as nossas
vantagens e os prejuízos do próximo, com imparcialidade e boa
intenção.
Toda vez que assim procedermos, o quadro se modifica nos mínimos
aspectos.
De outro modo será sempre fácil zurzir e condenar, para cairmos,
com certeza, nos mesmos delitos, quando formos, por nossa vez,
visitados pela tentação.
do Livro Fonte Vida, Chico Xavier.

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